quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um pouco de experiência compartilhada com aprendizes

Realizou-se na noite do dia nove de novembro de 2010 no auditório do bloco G da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapcó), a entrevista coletiva com os cinegrafistas da RBS TV de Chapecó, Paulo Dall Bello e Sadi Ciotta.
A professora Michele Andrea Niederli a Unochapecó foram as organizadoras da entrevista que iniciou as 19h30min com previsão de termino as 21h mas como o bate papo com Dall Bello e Ciotta estava bom, alongou-se até as 22h.Os alunos do segundo período de jornalismo foram os repórteres.
Os dois iniciaram do zero sem formação acadêmica. Entraram para a TV por não ter o que fazer, no que trabalhar. Na época em que começaram não exigia-se diploma para jornalista, apenas que tivesse Carteira Nacional de Habilitação (CNH),mas com o decorrer do tempo por volta do ano de 1992 conseguiram registro de jornalista e segundo eles são os únicos do estado de Santa Catarina que possuem.
Iniciaram na antiga SBT, que transmitia apenas uma programação local, aí passou a ser a atual RBS. Paulo começou a trabalhar com uma câmera Sony 1800. No inicio usava-se um tele-pronter feito de cartolina com o texto escrito, haviam muitas lâmpadas que estouravam “estourou uma lâmpada aí o apresentador jogou-se no chão” cita Paulo.
Segundo os dois para ser um bom cinegrafista não pode correr do que esta diante de nós, deve-se ter um diferencial, ir atrás do que busca e fazer bem feito. Os dois já foram repórteres, foram ameaçados diversas vezes, principalmente por presidiários. Dall Bello diz que se a Policia Militar (PM) esta junto eles entram nas casas como quiser, pois possuem o mandato juntamente com a policia.
Ciotta disse que já levou processo e Paulo ainda não. Cinegrafista e reportes não possuem horário, se acontece algo precisam estar lá para filmar e fazer a cobertura do ocorrido. O cinegrafista deve ajudar o repórter e vice versa para sair um trabalho bem feito.
O repórter que já trabalhou em radio é melhor do que aquele que começa direto na TV, já ensinaram diversos jornalistas como deveriam fazer. Onde trabalham todos devem ajudar a dar opinião de pauta.
Houve uma época em que era “Deus no céu e RBS aqui” citou Ciotta. Relembraram matérias que marcaram suas vidas e as que acharam boas mesmo. Para os dois o acidente na BR 282 no ano de 2007 foi a pior, pois no acidente perderam um colega de trabalho. Paulo diz que em Abelardo Luz onde houve fogo cruzado entre policiais e sem terras. Também em Palma Sola tiveram que retirar sem terras das terras. Os dois possuem mais de 27 anos de trabalho apenas na RBS TV.

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